Capturas de tela do WhatsApp estão começando a ser aceitas como prova judicial no Brasil graças ao uso da tecnologia blockchain. Uma startup nacional desenvolveu uma solução que autentica os prints, buscando assegurar sua validade jurídica e combater fraudes em ações judiciais.
Como funciona a validação via blockchain
A tecnologia emprega uma camada de verificação digital que inclui metadados como data, hora, dispositivo utilizado e integridade do conteúdo. Esses dados são registrados em blockchain, criando um “carimbo de tempo” imutável que pode ser auditado por qualquer parte envolvida no processo.
Redes utilizadas: Ethereum e Hyperledger
A solução combina o uso de redes blockchain distintas, conforme o contexto:
Ethereum (pública): registra um hash do print de forma aberta e transparente, garantindo rastreabilidade e verificabilidade pública.
Hyperledger Besu (permissionada): usada em casos com maior exigência de privacidade, mantém segurança sob controle restrito, mas com interoperabilidade com redes públicas.
Esse modelo híbrido permite adaptar a validação conforme a sensibilidade dos dados envolvidos.
Nova tendência nos tribunais
Ao registrar os prints em blockchain, a ferramenta oferece uma cadeia de custódia confiável, dificultando manipulações e aumentando a credibilidade das provas digitais. A aceitação da tecnologia ainda depende da interpretação de cada juiz, mas o avanço representa um passo importante para a modernização do sistema jurídico brasileiro.