Apreensão histórica
A Bulgária, pequeno país do leste europeu, realizou uma das maiores apreensões de Bitcoin da história em 2017. 213.519 BTC foram confiscados durante uma operação contra crimes cibernéticos. À época, os ativos estavam avaliados em US$ 3,5 bilhões o suficiente para cobrir cerca de 20% da dívida pública do país.
Mas ao invés de manter os ativos, o governo optou por vender os BTCs já em 2018, citando preocupações com volatilidade, regulamentação indefinida e exigências fiscais da União Europeia.
Oportunidade perdida?
Com o Bitcoin cotado acima de US$ 118 mil atualmente, os mesmos 213.519 BTC valeriam mais de US$ 25 bilhões mais do que toda a dívida pública da Bulgária, que gira em torno de US$ 24 bilhões, segundo dados da World Economics.
A venda, que na época parecia uma medida prudente, agora levanta questionamentos sobre a falta de visão estratégica do governo em relação às criptomoedas como ativos de reserva nacional.
A pergunta que fica: Bitcoin deve compor reservas nacionais?
O caso da Bulgária levanta novamente a discussão sobre a adoção de criptomoedas como parte das reservas estratégicas dos países. Enquanto países como El Salvador avançam em políticas de integração do Bitcoin, outras nações ainda enfrentam resistência institucional.
O exemplo búlgaro pode servir como um alerta e uma lição histórica: o custo de não acreditar no potencial do BTC pode ser bilionário.
O comentário de CZ
O fundador da Binance, Changpeng Zhao (CZ), comentou o caso em seu perfil no X (Twitter), dizendo:
“Bitcoin poderia resolver a maior parte das dívidas públicas”
Bitcoin could solve most public debt. https://t.co/sBq81KMkio
— CZ 🔶 BNB (@cz_binance) July 16, 2025
A frase foi dita em resposta à repercussão da notícia sobre os 213.500 BTC vendidos em 2018.
E se a Bulgária ainda tiver os Bitcoins?
A carteira exata onde estavam armazenados os 213.519 BTC apreendidos pela Bulgária nunca foi oficialmente divulgada pelo governo búlgaro. Não existe um endereço de carteira pública confirmado ou rastreável diretamente como sendo “a carteira oficial da Bulgária”.
O que se sabe:
Os BTC foram apreendidos em maio de 2017 em uma operação contra crimes cibernéticos e corrupção.
A informação inicial, reportada por sites como o Novinite e o Ministério do Interior da Bulgária, indicava que o governo havia confiscado os fundos, mas nunca confirmou oficialmente onde estavam armazenados.
Em 2018, surgiram rumores (não confirmados oficialmente) de que os BTC foram vendidos para investidores estrangeiros por cerca de US$3.5 bilhões, mas o governo da Bulgária nunca publicou uma prova on-chain da venda.
Diante da falta de transparência, fica a dúvida: será que a Bulgária realmente liquidou todos esses BTC ou parte desse tesouro digital ainda está guardado em silêncio nos bastidores do governo?
