O Banco Central do Brasil deu um passo significativo no desenvolvimento do Drex, a moeda digital brasileira, ao iniciar a segunda fase do piloto. Essa nova etapa tem como foco principal a implementação de casos de uso reais e a testagem de contratos inteligentes na plataforma.
Quatro etapas para a segunda fase
A nova fase do Drex será dividida em quatro etapas, cada uma essencial para a evolução do projeto:
1️⃣ Ideação – Discussão e padronização de fluxos de negócios e estruturas de dados em um ambiente descentralizado. (Concluída)
2️⃣ Desenvolvimento de sistemas – Implementação prática das soluções debatidas na fase anterior. (Em andamento)
3️⃣ Testes – Avaliação dos casos de uso desenvolvidos para identificar melhorias e ajustes necessários.
4️⃣ Relatórios – Documentação detalhada dos resultados obtidos, que serão utilizados para aprimorar a fase final do Drex.
O Banco Central estima que essa fase dure entre 12 e 14 meses, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2025.
Casos de uso selecionados
Foram definidos 13 casos de uso para essa fase, abrangendo diferentes setores da economia. Entre os destaques:
Cessão de recebíveis – Testado pelo ABC e Inter.
Crédito colateralizado em CDB – Participação do Banco do Brasil, Bradesco e Itaú.
Transações com ativos do agronegócio – Envolvendo TecBan, Mercado Bitcoin e XP-Visa.
Otimização do mercado de câmbio – Desenvolvido por XP-Visa e Nubank.
Transações com imóveis – Banco do Brasil, Caixa e SFCoop estão à frente desse teste.
Esses casos de uso representam um avanço na digitalização da economia brasileira, permitindo a adoção de tecnologia blockchain para otimizar transações financeiras e oferecer mais segurança aos usuários.
Desenvolvimento de software já começou
Após a conclusão da fase de ideação, o desenvolvimento dos sistemas já está em andamento. Essa fase é crucial para a criação de uma infraestrutura sólida para o Drex, garantindo que a tecnologia possa suportar os casos de uso planejados.
Por enquanto, não há previsão para testes com a população, pois a maturação da infraestrutura ainda está em curso. Questões como privacidade de transações e modelos de negócios seguem em análise.
O que esperar do Drex?
A expectativa do Banco Central é que o Drex revolucione o sistema financeiro brasileiro, tornando pagamentos e transações mais eficientes, transparentes e acessíveis. Além disso, com a crescente regulamentação do setor e a integração com fintechs, a moeda digital pode facilitar o acesso a novos produtos financeiros.
O desenvolvimento segue sob supervisão rigorosa do Banco Central e das instituições financeiras participantes, garantindo que o projeto esteja alinhado com os interesses do mercado e da população.