Empresa quer eliminar número do cartão e senha até 2030
A Mastercard anunciou uma mudança radical no modelo atual de pagamentos: até 2030, os cartões com número impresso, código de segurança e senha vão deixar de existir.
No lugar deles, entra a tokenização total, com autenticação biométrica e pagamentos digitais integrados, mudando completamente a experiência de compra.
Como vai funcionar
A proposta da Mastercard é simples:
Em vez de digitar os 16 números do cartão, cada transação vai usar um token exclusivo, atrelado ao dispositivo ou carteira digital do usuário.
A autenticação será feita via biometria (digital, rosto, etc.) e os dados reais do cartão nunca serão transmitidos ao lojista.
A empresa pretende chegar a 100% de transações tokenizadas globalmente até 2030, e na Europa esse modelo já será padrão para todos os cartões emitidos nos próximos anos.
Por que isso importa
Essa mudança reduz drasticamente o risco de fraudes em transações online, vazamentos de dados de cartão e uso indevido em ambientes sem autenticação forte.
Além disso, torna o processo de checkout mais rápido e fluido, integrando pagamentos ao ecossistema digital.
Cartões físicos, números, CVVs e até senhas devem desaparecer com o tempo, substituídos por pagamentos invisíveis, com biometria, NFC e autenticação inteligente.
Tokenização = futuro dos pagamentos
A Mastercard não esconde a direção:
“Tudo será tokenizado”, declarou a empresa em comunicado oficial.
Esse movimento acompanha a tendência de tokenização não apenas dos cartões, mas também de ativos, identidades, e pagamentos em geral.
É um passo que aproxima o sistema financeiro tradicional da lógica das blockchains e da Web3, mesmo sem usar cripto diretamente.
Impacto para o ecossistema cripto
Ainda que o anúncio não mencione criptoativos, ele reforça a tendência global de substituição de dados sensíveis por tokens seguros — algo comum em carteiras Web3.
Na prática, a Mastercard está adotando elementos da infraestrutura Web3 (como tokens não reutilizáveis e identidades digitais) dentro de um ambiente centralizado e permissionado.
Para o mundo cripto, isso sinaliza:
O tradicional está se adaptando ao digital
A disputa por quem vai controlar o “dinheiro tokenizado” já começou
A tokenização vai além das blockchains — e já é realidade nos bastidores do sistema bancário










