O deputado democrata Sam Liccardo, da Califórnia, apresentou recentemente o projeto de lei “Modern Emoluments and Malfeasance Enforcement (MEME) Act”, que visa proibir que o presidente, membros do Congresso e outros altos funcionários, além de seus familiares, emitam ou patrocinem criptomoedas, incluindo as populares memecoins.
A proposta foi motivada pelo lançamento de uma memecoin associada ao ex-presidente Donald Trump, o que gerou preocupações sobre a transparência das operações, práticas de insider trading e a possível influência estrangeira no mercado cripto. A iniciativa também pode ser vista como uma resposta a situações similares, como a promovida pelo político argentino Javier Milei, que recentemente se viu envolvido em um episódio de promoção de uma memecoin sem clareza sobre suas intenções e impactos. Esses eventos despertaram um debate sobre os riscos de figuras políticas se beneficiarem de sua posição para manipular o mercado financeiro emergente das criptos.
Liccardo acredita que a medida é essencial para evitar que figuras políticas se beneficiem de sua posição para promover ou manipular o mercado de criptomoedas, especialmente aquelas de natureza especulativa e volátil. Embora a aprovação do MEME Act seja improvável em um Congresso controlado pelos republicanos, o deputado defende que a proposta tem um valor simbólico importante, representando uma posição contra a corrupção e buscando estabelecer uma linha clara entre a política e o mercado financeiro emergente das criptos.
A iniciativa traz à tona a crescente preocupação sobre os riscos envolvidos quando políticos se envolvem na criação e promoção de novas criptomoedas, principalmente em um ambiente onde a regulamentação ainda é incipiente. A proposta não só busca proteger a integridade do sistema financeiro, mas também reforçar a importância de uma gestão ética e transparente das novas tecnologias financeiras.