O jogador de futebol Willian Bigode, do Santos, foi condenado pela Justiça de São Paulo a pagar R$ 4,5 milhões ao lateral Mayke, do Palmeiras, em um caso envolvendo investimentos em criptomoedas que resultaram em um grande prejuízo. O valor da condenação inclui o ressarcimento do montante investido e a rentabilidade prometida, que não foi entregue conforme o esperado.
O caso: O investimento em criptomoedas
O processo envolve o investimento realizado por Mayke e sua esposa, Rayanne de Almeida, através da empresa WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, que era de propriedade de Willian Bigode. A operação de investimento estava associada à Xland Holding Ltda., empresa que teria realizado a gestão dos recursos, supostamente voltados para criptomoedas. O lateral investiu uma quantia significativa, buscando uma rentabilidade considerável, que não foi cumprida.
O valor que Mayke buscava na Justiça incluía um montante de R$ 8,5 milhões, o qual abrange o capital investido e os ganhos prometidos que não se concretizaram.
Decisão judicial e multas
Além da condenação de R$ 4,5 milhões, a decisão judicial impôs uma multa de 10% sobre o valor da condenação, aplicada à empresa WLJC, e aos sócios envolvidos no processo, incluindo Willian Bigode, sua esposa Loisy Siqueira, e outros nomes ligados à Xland. A sentença foi fundamentada em litigância de má-fé, pois as promessas de retorno não foram cumpridas, e os investidores não receberam os rendimentos acordados.
Implicações no mercado de criptomoedas
Este caso é relevante para o mercado de criptomoedas, pois ilustra os riscos envolvidos em investimentos não regulamentados e em plataformas que prometem retornos elevados sem a devida transparência. Investidores devem ficar atentos aos riscos de fraudes e promessas de lucros rápidos, características de projetos que operam fora do radar das regulamentações financeiras convencionais.
Com a crescente popularidade das criptomoedas, é fundamental que os investidores se protejam contra essas situações, sempre verificando a credibilidade das empresas e a transparência dos projetos nos quais decidem alocar seus recursos.
O futuro do caso
A defesa de Willian Bigode ainda não se manifestou publicamente sobre a decisão, que cabe recurso. No entanto, a sentença já serve como alerta para o mercado, destacando a necessidade de maior cautela ao lidar com investimentos envolvendo criptomoedas, especialmente aqueles realizados por meio de plataformas de gestão sem regulamentação adequada.