O mercado de criptomoedas no Brasil atingiu um marco histórico ao movimentar mais de R$ 100 bilhões em transações, conforme dados divulgados pela Receita Federal. Este volume expressivo reflete o crescente interesse dos brasileiros por ativos digitais e a consolidação das criptomoedas como uma alternativa viável de investimento no país.
Entre janeiro e setembro de 2024, o volume de operações declaradas com criptomoedas totalizou R$ 247,8 bilhões, representando um aumento de 24,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em agosto de 2024, as negociações com criptomoedas alcançaram R$ 27,2 bilhões, evidenciando a tendência de crescimento contínuo no setor.
As stablecoins, especialmente o Tether (USDT), têm desempenhado um papel significativo nesse cenário. Em agosto, o USDT movimentou R$ 16,4 bilhões, superando o volume de transações do Bitcoin (BTC), que foi de R$ 5,2 bilhões, e do Ether (ETH), com R$ 1,2 bilhão. Essa predominância das stablecoins indica uma preferência dos investidores por ativos digitais com menor volatilidade, atrelados a moedas fiduciárias.
Especialistas atribuem esse crescimento à maior conscientização sobre as criptomoedas, à facilidade de acesso às plataformas de negociação e à busca por diversificação de investimentos em um cenário econômico desafiador. Além disso, a adoção de tecnologias blockchain por empresas e instituições financeiras tem contribuído para a legitimidade e aceitação desses ativos no mercado brasileiro.
Com o avanço contínuo das criptomoedas no Brasil, espera-se que o mercado se torne ainda mais robusto, oferecendo novas oportunidades para investidores e impulsionando a inovação no setor financeiro.